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A verdade sobre o medicamento cubano contra o coronavírus

Publicado por Dicas sobre CUBA em

Interferon alfa 2B (IFNrec) - o remédio cubano que combate o coronavírus

Nas últimas semanas, circulou pela internet a informação de que uma vacina produzida em Cuba seria eficaz em gerar imunidade contra o coronavírus. Essa notícia trata-se, no entanto, de mais uma fake news, como muitas outras que têm se espalhado conforme a doença avança no mundo. A verdade é que não existem, até o momento, vacinas ou remédios que curam rapidamente o novo vírus. 

No entanto, a medicina cubana oferece o Interferon alfa 2B (IFNrec), um antiviral utilizado em tratamentos contra o coronavírus. O Interferon alfa 2B é um fármaco desenvolvido pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) de Havana e comercializado por BioCubaFarma, grupo da Indústria Biotecnológica e Farmacêutica de Cuba.

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Interferon alfa 2B produzido por BioFarmaCuba. Foto: Cubadebate.

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Nos casos em que o vírus é mais nocivo, os pacientes necessitam de tubos de oxigênio e remédios antivirais específicos para atenuar a doença. O Interferon alfa 2B, que também é originalmente utilizado para tratar outras doenças geradas por vírus, como a hepatite, o HIV e o HPV, está sendo aplicado na China nos cuidados com pacientes infectados pelo Covid-19. 

Segundo Eduardo Martínez Díaz, diretor do BioCubaFarma, “existe um trabalho publicado pela Associação Farmacêutica da China que oferece um guia para prevenção e tratamento do novo coronavírus. E ainda que não exista um tratamento específico e efetivo, existem linhas de tratamento onde o primeiro produto que se recomenda é o Interferon”.

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Cooperação sino-cubana em biotecnologia. Foto: Carlos Pereira Hernández.

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Cooperação internacional na luta contra o novo vírus

Há anos, Cuba e China possuem cooperação na área de biotecnologia. Por isso, a empresa mista sino-cubana Chang-Heber está produzindo Interferon na sua fábrica localizada na cidade de Changchun, na China. Até o momento, o medicamento conseguiu curar mais de 1.500 pacientes e é um dos 30 fármacos escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde da China para melhorar a condição respiratória dos enfermos.

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Itália possui o segundo maior número de casos de coronavírus no mundo. Foto: The Economic Times.

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Na Europa, após ter seus pedidos de ajuda ignorados pelos países vizinhos, a Itália, que é atualmente o país mais afetado pela pandemia, tendo registrado em apenas 24 horas 368 mortes, recebeu auxílio da China na última semana, com a chegada de profissionais da saúde, equipamentos e medicamentos, entre eles o Interferon, para tratar os doentes. No sábado, 14 de março de 2020, Giulio Gallera, Assessor de Saúde e Bem Estar da Lombardia, região do norte da Itália, solicitou apoio médico a Cuba, pedido que está sendo tratado pelas autoridades dos dois países.

 

Contribuições da medicina e da indústria farmacêutica cubana para o mundo

Portanto, ainda que não se tenha notícias até o momento do surgimento de uma vacina eficaz na imunização contra o coronavírus, existem alguns medicamentos que podem ser usados para atenuar seus efeitos. Mesmo que Cuba não tenha descoberto a cura do coronavírus, suas indústrias farmacêuticas e de biotecnologia têm desempenhado um papel importante para amenizar o sofrimento dos doentes.

Vale lembrar que, além do medicamento contra o Covid-19, entre as vacinas e remédios de grande relevância já produzidos pela BioCubaFarma estão o Heberprot-P, uma terapia bem-sucedida para o tratamento de úlceras nos pés diabético, o CIMAVAX-EGF contra o câncer de pulmão e o Heberferon para o tratamento de câncer de pele.

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Centro de biotecnologia em Havana, empresa do grupo BioFarmaCuba. Foto: Cubadebate.

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Na ilha, até o momento, foram registrados quatro casos de contágios pelo coronavírus: três turistas e um cubano residente na província de Villa Clara. O governo cubano possui um Plano para a Prevenção e Controle do novo coronavírus e intensificou a vigilância em portos e aeroportos, a produção de medicamentos e a mobilização da sociedade para difundir informações de prevenção. 

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Crianças do escola infantil Mambisito, na província Bayamo, aprendendo sobre o coronavírus. Foto: Cubadebate.

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Cuba investe em seu sistema de saúde pública e, como sua indústria farmacêutica não é privada, possui mais liberdade e autonomia para desenvolver tratamentos de acordo com as demandas e necessidades da população. Após o envio de milhares de médicos ao exterior e da criação de medicamentos inéditos no combate a doenças graves mais uma vez Cuba demonstra sua seriedade e excelência em se tratando de saúde pública. 

Fontes: Cubadebate e  Portal Farmacêutico.

Categorias: Notícias

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